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Formalismo Russo e a autonomia da Literatura como setor fenomenológico.

Foto do escritor: Marcos BenaiaMarcos Benaia

O formalismo russo, também conhecido por crítica formalista, foi uma influente escola de crítica literária que existiu na Rússia de 1910até 1930. Teve como objetivo o estudo da linguagem poética enquanto tal. Dela fazem parte as obras de um grande número de acadêmicos russos e soviéticos de grande influência como (Viktor Chklovsky, Vladimir Propp, Yuri Tynianov, Boris Eichenbaum, Roman Jakobson e Grigory Vinokur) que revolucionaram a crítica literária entre 1914 e a década de 30, estabelecendo o estudo da especificidade e da autonomia da linguagempoética e literária. O formalismo russo exerceu grande influência em pensadores como Mikhail Bakhtin e Yuri Lotman e no estruturalismo. Os membros do movimento são considerados os fundadores da crítica literária moderna, principalmente durante o período do estruturalismo e pós-estruturalismo.

Sob o domínio de Stalin o formalismo tornou-se termo pejorativo.

O formalismo russo foi um movimento múltiplo, que não produziu uma doutrina unificada e nem um consenso entre seus participantes. O "formalismo russo" descreve dois movimentos distintos: o OPOJAZ(Obscestvo izucenija Poeticeskogo Jazyka - Sociedade para o Estudo da Linguagem Poética) de São Petersburgo e o Círculo Linguístico de Moscou, de Moscou. Assim é mais preciso referir-se aos "formalistas russos" do que usar um termo mais amplo e vago como "formalismo".

O termo "formalismo" foi usado primeiramente pelos adversários do movimento com um significado explicitamente rejeitado pelos formalistas. Nas palavras de um dos mais ilustres formalistas, Boris Eichenbaum: "É difícil recordar quem criou este nome, mas não foi uma criação muito feliz. Deve ter sido conveniente como um grito de guerra simplista, mas ele falha, como um termo objetivo, ao delimitar as atividades da 'Sociedade para o Estudos da Linguagem Poética'."

Dois princípios gerais fundamentam o estudo formalista de literatura: primeiro, a literatura por ela mesma, ou especialmente, as características que a distinguem de outras atividades humanas devem constituir o objeto de inquisição da teoria literária; segundo, 'fatos literários' têm de ser priorizados sobre os compromissos metafísicos da crítica literária (sejam filosóficos, estéticos ou psicológicos) (Steiner, "Russian Formalism", p. 16). Para alcançar esses objetivos muitos modelos foram desenvolvidos.

Os formalistas concordaram sobre a natureza autônoma da linguagem poética e sua especificidade como um objeto de estudo da crítica literária. Seu principal empenho consistia em definir um conjunto de propriedades características da linguagem poética (seja ela poesia ou prosa) que pudesse ser reconhecida por sua "articidade" (artfulness) e consequentemente assim analisá-la.

Não há relacionamento histórico direto entre a neocrítica e o formalismo russo, que se desenvolveram aproximadamente na mesma época (FR 1910-20 & NC 1940-50) mas independentes entre si. Entretanto, apesar disso, há muitas semelhanças: por exemplo, ambos os movimentos mostraram um interesse em considerar a literatura em seus próprios termos (ao invés de focar em suas relações com a política, cultura ou história externa), um foco nos dispositivos literários e no trabalho artístico do autor, e um foco crítico na poesia. Sua forma de estudar o poema enforma, por exemplo, a teoria literária dos poetas concretistas de São Paulo.

Texto Wikipedia


 
 
 

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